EUA querem 'dominar o mundo com uma visão de supremacia', diz ministro venezuelano

A Venezuela está diversificando seu mercado petroleiro por meio do alargamento da cooperação com seus parceiros globais, de maneira a superar o efeito das sanções dos Estados Unidos, que afetaram seu setor energético.
Sputnik

O ministro do Petróleo da Venezuela e presidente da empresa estatal venezuelana PDVSA, Manuel Quevedo, declarou à Sputnik Mundo que a Venezuela tenciona diversificar seu mercado petrolífero frente às sanções dos EUA.

"Fizemos um plano, temos uma diversificação do mercado […] O mercado norte-americano é importante, mas existem outros mercados e a Venezuela tem diversificado, temos outros objetivos, temos outros aliados estratégicos, por isso vamos crescendo, consolidando", disse Manuel Quevedo.

Ele também destacou que o seu país tem um grande potencial na produção petroleira.

"Nós superamos os três milhões (de barris diários) em alguns anos, tínhamos o plano de chegar a cinco e seis milhões no Plano da Pátria", explicou.

No entanto, a produção venezuelana caiu para menos de um milhão de barris diários devido às sanções do governo estadunidense de Donald Trump, disse o ministro.

"Roubaram nossos ativos no exterior, roubaram a Citgo [empresa propriedade da PDVSA que possui refinarias nos EUA] se apropriaram de nossas contas em divisas no exterior, não só da PDVSA, mas também de recursos que eram para a compra de alimentos e medicamentos", declarou Quevedo.

"São sanções criminosas que não vão só contra o setor energético, são um ataque impiedoso contra nosso povo", afirmou Quevedo.

Apesar da situação, o ministro assegurou que a Venezuela tem um plano para chegar ao fim de 2019 produzindo pelo menos 1,6 milhões barris diários, que é o nível de estabilidade que o país tinha em 2018 e superar os dois milhões de barris diários em 2020.

"Nós devemos recuperar a capacidade que tínhamos e investir recursos, atrair investimentos", adicionou.

O ministro venezuelano também afirmou que os EUA querem "dominar o mundo com uma visão de supremacia", mas que essa conduta "não funciona nem nunca funcionará".

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