Uma pesquisa feita pela Bloomberg mostrou que o Real deve ser o maior vencedor de um possível acordo comercial entre as duas maiores economias mundiais.
Em entrevista à Sputnik Brasil, José Augusto de Castro, empresário e presidente da AEB (Associação de Comércio Exterior do Brasil), o aumento do valor do Real está atrelado ao aumento dos preços das commodities.
"Se houver um acordo e que ele seja favorável aos Estados Unidos e China isso deve fazer com que as commodities tenham um aumento de preço e o aumento de preço se contrapõe a uma taxa de câmbio e deixa o Real mais valorizado", disse.
José Augusto de Castro disse que o Brasil continuará exportando commodities mesmo com um acordo entre EUA e China.
"Hoje o Brasil tem um nível de reservas cambiais que beira os 400 bilhões de dólares, nós temos uma força muito grande em termos de commodities. Mesmo com o acordo entre China e Estados Unidos, o Brasil vai continuar sendo um grande exportador de commodities. Politicamente o que nós exportamos é pequeno no cenário internacional, mas são produtos que o mundo não tem outro fornecedor alternativo", afirmou.
Porém, segundo a análise de José Augusto de Castro, não é provável que o acordo entre as duas potências aconteça de fato.
"O mercado não está tão favorável a um acordo entre EUA e China, ao contrário, ele está mais para um desacordo do que para um acordo efetivamente", completou.