Os manifestantes em Quito tentavam "forçar entrada nas instalações" do jornal El Comercio, de acordo com associação local de jornalismo Fundamedios.
O El Comercio confirmou mais tarde relatos de que suas instalações foram atacadas na noite de sábado por "um grupo de estranhos".
Uma instalação pertencente ao canal de TV Teleamazonas também foi atacada por supostos manifestantes que jogaram coquetéis molotov no prédio da emissora.
Teleamazonas compartilhou no Twitter a foto de um ônibus, pertencente ao canal, que foi queimado por manifestantes. Segundo a mídia, "25 pessoas estavam dentro do veículo" quanto "vândalos" começaram a atirar coquetéis molotov. Além disso, a emissora divulgou imagens de suas instalações em chamas, que também seria resultado da atuação dos manifestantes.
No início do dia, o presidente do Equador, Lenín Moreno, anunciou um toque de recolher e intervenção militar em Quito, previsto para começar às 15h do horário local (20h GMT). A medida visa "facilitar as atividades das agências policiais contra a violência excessiva".
Protestos tiveram início no Equador em outubro, quando milhares se uniram contra as reformas econômicas do governo, especificamente uma decisão de encerrar décadas de subsídios de combustível para a população.
À medida da escalada progressiva da violência, Moreno declarou estado de emergência nacional por dois meses. Segundo Moreno, o Equador não poderia mais arcar com os subsídios e os cortes poderiam ajudar o país a economizar cerca de US$ 2,27 bilhões por ano.
A medida faz parte do acordo de austeridade do governo equatoriano com o Fundo Monetário Internacional (FMI) para se qualificar para um empréstimo no valor de US$ 4,2 bilhões.