Os mandados foram emitidos com base em acusações por rebelião e desvio de verba pública, disse o tribunal em comunicado.
"Pablo Llarena, juiz da Segunda Câmara do Supremo Tribunal de Justiça, emitiu mandados de prisão europeu e internacional ao ex-líder catalão, Carles Puigdemont, por crimes relacionados à insurreição e ao desvio de verba pública, concordando com sua busca e apreensão", disse a Suprema Corte em comunicado, com concordância do juiz ao pedido do Ministério Público.
Puigdemont, que vive atualmente na Bélgica, se mudou para lá no final de outubro de 2017, imediatamente após a declaração ilegal de independência da Catalunha pelo parlamento da comunidade autônoma.
Nesta segunda-feira (14), a Suprema Corte da Espanha sentenciou prisão de 12 políticos envolvidos no referendo ilegal sobre a independência e na nova declaração de independência do parlamento regional em 2017.
Nove políticos foram considerados culpados por rebelião e condenados a penas que variam de nove a 13 anos de prisão. Três outros foram condenados a multas.
O tribunal discordou das acusações do Ministério Público espanhol, que acusou nove dos doze políticos de organizarem rebelião.
Autonomia da Catalunha
Em outubro de 2017, a Catalunha realizou um referendo de independência, no qual mais de 90% dos eleitores apoiaram a separação da região do resto da Espanha.
No entanto, Madri se recusou a reconhecer os resultados do pleito, dissolveu os órgãos administrativos regionais e impôs um domínio direto sobre a Catalunha.
Líderes do movimento pró-independência foram processados com várias acusações, incluindo apropriação indébita e rebelião. A autonomia da região foi restaurada com a chegada de Quim Torra ao poder, em meados de 2018.