Raios cósmicos podem ter formado dunas da maior lua de Saturno, aponta estudo

Pesquisadores da Universidade do Havaí elaboraram uma nova teoria para explicar a formação das dunas da maior lua de Saturno, Titã.
Sputnik

Os especialistas Matthew Abplanalp, Robert Frigge e Ralf Kaiser citaram em um estudo publicado pelo Science Advances, que acreditam que as dunas não tenham sido formadas através da precipitação de moléculas atmosféricas, mas sim que se formaram na superfície da lua, segundo o portal Phys.org.

Estudos anteriores utilizaram os dados da sonda espacial Cassini, que mostravam que a atmosfera de Titã continha moléculas orgânicas formadas de átomos de carbono, o que levantou a hipótese de que as dunas eram formadas pelas moléculas que caem em sua superfície na região equatorial.

Contudo, o estudo sugere que as dunas foram formadas através de raios cósmicos que atingem o gelo de acetileno, provocando reações que formam os materiais existentes nas dunas.

Para provar a teoria, os especialistas criaram lotes de gelo de acetileno em laboratório e o bombardearam com radiação semelhante à existente em Titã.

A ação fez com que o gelo fosse aquecido até se sublimar, deixando material feito de moléculas semelhantes às que supostamente formam as dunas em Titã.

Raios cósmicos podem ter formado dunas da maior lua de Saturno, aponta estudo

Através desse processo, eles descobriram que o fenantreno poderia ser produzido em apenas 100 anos, o que fez com que os especialistas sugerissem que as dunas fossem parcialmente formadas por reações químicas.

Caso isso seja confirmado, a teoria poderia explicar como as dunas são formadas em outros planetas ou em luas que possuem atmosfera. Entretanto, até o momento, nenhuma das teorias ainda foi comprovada.

Enquanto isso, a NASA tem planos de enviar uma sonda para Titã, porém, ela chegaria ao satélite de Saturno apenas em 2034.

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