Há meses, a região se encontra mergulhada em uma grave crise social e política, desencadeada por um polêmico projeto de lei que pretendia autorizar a extradição de cidadãos locais para Pequim.
Embora a iniciativa já tenha sido derrubada, os manifestantes seguem pressionando por outras pautas, como sufrágio universal, fim dos processos contra ativistas e investigações do que afirmam ser ações de violência extrema por parte da polícia.
Nos protestos deste domingo, ativistas e agentes da lei voltaram a se enfrentar em confrontos violentos, com direito a ataques a lojas, bancos, estações de metrô e uso de gás lacrimogêneo e bombas, informa a Reuters.
Manifestantes de Hong Kong trocam gás lacrimogêneo e bombas de gasolina com a polícia, destruindo centenas de lojas e atacando bancos e estações de metrô da China em uma marcha ilegal contra o governo.
Alguns manifestantes chegaram a atirar explosivos improvisados contra uma delegacia de Tsim Sha Tsui, em Kowloon. Outros ergueram barreiras de fogo na estrada de Nathan, importante faixa do varejo no mesmo distrito, onde foram reprimidos por membros da polícia de choque.
À noite, apenas pequenos grupos permaneceram protestando, atirando bombas à base de gasolina contra policiais instalados em pontos estratégicos, que responderam com mais gás lacrimogêneo.
Os atuais protestos em Hong Kong já representam o maior desafio para o governo do presidente chinês, Xi Jinping, desde que ele assumiu o cargo, há seis anos e meio.
Considerando a existência de uma possível interferência estrangeira no levante, o líder chinês advertiu, em meados deste mês, que qualquer tentativa de dividir a China resultará em corpos esmagados e ossos triturados. Já o governo dos Estados Unidos, principal suspeito de envolvimento na crise, alegou que qualquer consequência grave da repressão às manifestações tornaria muito difícil a realização de negociações com Pequim.