O ex-pesquisador da agência espacial norte-americana Gilbert Levin revelou que vários testes de amostras do solo marciano resultaram positivos para sinais de dióxido de carbono durante as missões das sondas Viking 1 e 2.
No entanto, a NASA não está convencida de que os resultados da experiência tenham sido suficientes para provar a presença de vida em Marte.
"A opinião geral da grande maioria da comunidade científica é não acreditar que os resultados das experiências [da sonda] Viking só por si constituam provas extraordinárias", escreveu o porta-voz da NASA, Allard Beutel, à Fox News.
"Um dos principais objetivos da NASA é a busca pela vida no Universo. Embora ainda não tenhamos encontrado sinais de vida extraterrestre, a NASA está explorando o Sistema Solar e mais além, para nos ajudar a responder perguntas fundamentais, incluindo se estamos sozinhos no Universo", continuou Beutal.
"Desde estudar a água em Marte, sondando promissores 'mundos oceânicos', como o Enceladus e o Europa, até procurar bioassinaturas nas atmosferas de planetas fora do nosso Sistema Solar, as missões científicas da NASA estão trabalhando em conjunto com o objetivo de encontrar sinais inequívocos de vida para além da Terra", complementou.
Habitat no Planeta Vermelho
No entanto, o ex-cientista da NASA estava convencido de que o teste, que revelou quatro resultados positivos para a presença de respiração microbiana, apoiada por cinco controles variados duplicados por ambos os aterrissadores, provou que existiam micro-organismos no solo do planeta.
Levin, que tinha uma posição de liderança no experimento, criticou a agência espacial por não ter dado seguimento aos resultados do teste em missões subsequentes.
"Inexplicavelmente, ao longo dos 43 anos desde a Viking, nenhum dos aterrissadores Mars subsequentes da NASA utilizou um instrumento de detecção de vida para acompanhar estes resultados excitantes […] Em vez disso, a agência lançou uma série de missões a Marte para determinar se havia um habitat adequado para a vida e, em caso afirmativo, eventualmente para trazer amostras à Terra para exame biológico", escreveu Levin no artigo.
A sonda Curiosity, que está no Planeta Vermelho desde agosto de 2012, detectou sulfato de sal em rochas sedimentares na cratera Gale (um leito de lago seco no planeta), sugerindo que a cratera já teve lagos salgados que poderiam ter sustentado a vida.