O líder supremo da Coreia do Norte, Kim Jong-un, determinou que as instalações de "aspeto desagradável" no Monte Kumgang, construídas com dinheiro da Coreia do Sul, fossem demolidas, informa The Guardian citando a agência estatal da Coreia do Norte KCNA.
"Monte Kumgang é a nossa terra conquistada à custa de sangue e até um penhasco e uma árvore nele estão associados com a nossa soberania e dignidade", disse alegadamente Kim Jong-un durante a sua visita ao local nesta semana.
Líder norte-coreano Kim afirmou que se tratava de "um erro" considerar o resort como uma propriedade vulgar localizada no solo da Coreia do Norte, adicionando que as instalações eram ‘’restos de edifícios temporários em canteiros de obras.
A agência de notícias KCNA acrescentou que foram emitidas ordens, segundo as quais os prédios deveriam ser demolidos e substituídos por arquitetura "moderna" norte-coreana.
O resort turístico Monte Kumgang foi construído como parte dos projetos econômicos intercoreanos, junto com o complexo industrial de Kaesong (que atualmente se encontra fechado), tendo sido largamente financiado pelas companhias sul-coreanas Hyundai Asan Corp. e Ananti Inc.
As instalações eram consideradas como símbolo da cooperação entre as Coreias, de vez em quando era ali que ocorriam as reuniões entre as famílias separadas durante a guerra da Coreia (1950-1953).
As instalações recebiam turistas oriundos da Coreia do Sul desde 1998, no entanto a prática foi suspensa por Seul em 2008, na sequência da morte de uma turista sul-coreana, baleada por um soldado norte-coreano depois de ter alegadamente entrado por engano em uma zona militar.
Apesar de criticar os esforços realizados pela Coreia do Sul na criação de infraestruturas, Kim Jong-un, que anunciou recentemente que o turismo deve ser um fator essencial na criação de um crescimento econômico autossustentável, afirmou que turistas da Coreia do Sul serão bem-vindos assim que o local seja reconstruído.