O secretário para os Assuntos de Comunicação Institucional e Imprensa do presidente de Angola, Luís Fernando, falou com a Sputnik Brasil no decorrer do Fórum Econômico Rússia-África sobre as relações amistosas que Angola tem com a Rússia.
Relação privilegiada com Rússia
Luís Fernando apontou o que Angola espera da Rússia e em quais áreas as duas nações estão ligadas.
"Esperamos que a Rússia, atendendo a todo seu enorme potencial, ajude Angola a dar um salto", destacou o assessor de imprensa, que adicionou que angolanos possuem "uma relação privilegiada com amigos russos. Nós compramos muitas coisas da Rússia, que são de uso corrente como armas e aviões militares, mas queremos que os investidores russos venham fazer em Angola coisas que nos tornem realmente autossustentáveis".
Para esclarecer a autossuficiência almejada por Angola, Luís Fernando revelou que o presidente angolano deve se encontrar com o presidente da Rússia a portas fechadas ainda nesta quinta-feira (24).
"Não falo apenas em industrialização, mas no desenvolvimento concreto, como, por exemplo, a informatização da administração do governo. Então são estas coisas que nos transformam em um país verdadeiramente diferente e em um país em progresso. É isto que Angola quer, é isto que Angola no fundo vai tratar hoje no encontro restrito com o presidente Vladimir Putin."
Para o assessor, "a própria soberania e a própria existência de Angola se devem em grande medida à ajuda e ao apoio da Rússia. Portanto, a parceria com a Rússia é medida pela lealdade e fidelidade que há com Angola".
Acordos com Rússia
A delegação angolana está na Rússia para fechar acordos iniciados há um tempo. O assessor de imprensa relembrou a visita oficial do presidente angolano à Rússia em abril deste ano e detalhou que acordos estão para entrar em vigor com a Rússia.
"São entre quatro e cinco acordos, que foram negociados a nível ministerial, sendo um deles a permissão do reconhecimento mútuo dos diplomas, então quem tem estudado na Rússia, a sua formação será imediatamente reconhecida em Angola, e o inverso também. Há também outro acordo de construção de uma grande fábrica de fertilizantes em Angola para agricultura. Outro acordo se trata do domínio das telecomunicações."