Venezuela acusa EUA de tentarem golpe na Bolívia

Durante marcha na Venezuela, presidente da Assembleia Nacional Constituinte do país, Diosdado Cabello, acusou EUA de golpe na Bolívia para "designar um presidente, assim como Juan Guaidó na Venezuela".
Sputnik

O evento foi chamado de Marcha Contra a Ingerência do Imperialismo e teve como figura homenageada o militar e político Venezuelano Rafael Urdaneta, um dos maiores apoiadores de Simón Bolívar, peça chave na ideologia bolivarianista.

Enquanto discursava para os participantes da marcha, Diosdado Cabello disse que os "EUA não têm moral para dizer a algum país que deve respeitar o que eles chamam de democracia".

Além disso, o político acusou Washington de tentar promover na Bolívia um golpe que teria como estratégia a proclamação de um presidente no país, à semelhança de Juan Guaidó, que se autoproclamou presidente interino da Venezuela.

"Hoje vemos como os EUA repetem o mesmo roteiro e querem repetir lá na Bolívia o roteiro do golpismo. Querem repetir na Bolívia de Evo, de nossos irmãos indígenas, o roteiro de designar um presidente, como designaram Juanito Alimaña [referência a Juan Guaidó]", disse Cabello em discurso transmitido pelo canal de TV VTV.

Protestos na Bolívia

No último domingo (20), os bolivianos elegeram seu novo presidente.

Após o atual presidente do país, Evo Morales, anunciar sua vitória antes do fim da contagem dos votos, as ruas de La Paz, capital do país, se tornaram palco de fortes manifestações da oposição.

Os manifestantes exigiam a realização de um segundo turno, apesar da apuração de votos indicar a vitória de Evo Morales.

Ontem (24), após muita polêmica, a apuração oficial apontou uma vantagem de 10 pontos percentuais de Evo Morales contra Carlos Mesa, candidato da oposição, publicou o portal G1.

Mesmo assim, a Organização dos Estados Americanos e a União Europeia pedem um segundo turno.

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