As fotografias provam que petróleo da Síria foi enviado ao exterior sob a guarda de militares dos EUA antes e depois da derrota do Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países), disse o porta-voz do Ministério da Defesa russo, major-general Igor Konashenkov.
O ministério comunicou que "as imagens de inteligência espacial mostraram que o petróleo foi ativamente extraído e maciçamente exportado para processamento fora da Síria, sob a proteção confiável de tropas dos EUA, antes e depois da derrota dos terroristas do Daesh".
Assim, a imagem do ponto de coleta de petróleo de Tall Daman (a leste da província de Deir-ez-Zor), captada em 23 de agosto, mostra um congestionamento de carros. "Havia 90 unidades de veículos, incluindo 23 caminhões-tanque", diz o comentário à foto.
De acordo com o general russo, os americanos produzem petróleo na Síria com a ajuda de equipamento fornecido em violação de suas próprias sanções.
"Sob a proteção de militares americanos e funcionários de empresas militares privadas americanas, os caminhões-tanque são contrabandeados dos campos de petróleo no leste da Síria para outros países. Em caso de qualquer ataque a uma destas caravanas, as forças de operações especiais e a aviação de combate dos EUA são imediatamente envolvidas para protegê-la", disse ele.
Konashenkov acrescentou que agora o barril de petróleo sírio contrabandeado está estimado em US$ 38 (R$ 152), de modo que a receita mensal dos serviços governamentais dos EUA excede os US$ 30 milhões (R$ 120 milhões).
Na sexta-feira (25), o chefe do Pentágono, Mark Esper, disse que os Estados Unidos pretendem tomar em breve medidas para reforçar as posições em torno da cidade síria de Deir ez-Zor, para impedir que terroristas acessem campos de petróleo.
Segundo Esper, Washington está analisando como posicionar as forças na região "para garantir a segurança dos campos de petróleo".