Protestos paralisam bancos no Líbano há 12 dias

Os bancos libaneses permaneceram fechados por 12 dias consecutivos em meio a protestos contra o governo em todo o país, informa um correspondente da Sputnik em Beirute.
Sputnik

O Líbano foi tomado por protestos de grandes proporções que começaram em 17 de outubro após o governo anunciar aumentos de impostos sobre o tabaco e em chamadas de Internet.

As manifestações cresceram desde então por demandas generalizadas, pela renúncia do governo e por reformas políticas. Além dos protestos de rua há bloqueios em estradas e rodovias em todo o país. Escolas, universidades e bancos também pararam de funcionar.

A Associação de Bancos do Líbano anunciou na segunda-feira (28) que atenderia os clientes apenas por meio de caixas eletrônicos e prometeu fornecer dinheiro suficiente para permitir que os cidadãos recebam seus salários.

Um gerente de um dos maiores bancos do Líbano disse à Sputnik que os bancos haviam interrompido os serviços devido ao risco de não conseguir lidar com toda a demanda existente.

Em resposta às manifestações, o governo anunciou medidas como a retirada do aumento de impostos e um plano de 17 pontos para lidar com o agravamento das condições econômicas. O plano inclui ideias potencialmente populares, como cortar salários de ministros e parlamentares, além de "devolver fundos desviados".

Apesar da resposta governamental, os manifestantes seguem nas ruas e direcionam críticas à estrutura de governo religioso-confessional do Líbano por gerar corrupção e tribalismo.

Comentar