A reportagem do Jornal Nacional trouxe o depoimento de um porteiro do condomínio no Rio de Janeiro, onde o presidente Jair Bolsonaro possui duas residências. De acordo com o porteiro, um dos suspeitos do assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ) e do motorista Anderson Gomes teria visitado o condomínio, dando o endereço de Jair Bolsonaro: casa 58.
O porteiro revelou ter ouvido a voz de Jair Bolsonaro, dando permissão para que o suspeito Élcio Queiroz, apontado como o motorista do carro envolvido no assassinato da vereadora e do motorista dela, entrasse. O funcionário do condomínio apontou ainda ter ligado mais uma vez para a casa de Jair Bolsonaro, para entender por que Élcio tomou outro rumo em direção à outra residência, a casa de Ronnie Lessa, suspeito de ser o responsável pelos tiros que mataram a vereadora e o motorista dela. Na segunda ligação, o porteiro afirma ter ouvido de novo a voz de "Seu Jair".
O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, não gostou nem um pouco da reportagem, e da Arábia Saudita fez uma transmissão ao vivo intitulada "Mais uma matéria porca da Globo. Caso Marielle".
Há momentos da transmissão em que Bolsonaro se exalta, chegando a dizer que a rede Globo "não tem vergonha na cara", pois "respeita bandidos e critica policiais". O vídeo de Bolsonaro já teve quase 500 mil visualizações.
Enquanto isso no Twitter, hashtags foram criadas, sendo uma de apoio ao presidente e contra a rede Globo – #GloboLixo – e a outra contestando o chefe do Planalto – #QuemEstavaNaCasa58.
A primeira hashtag, a #GloboLixo, estava no topo dos assuntos mais comentados desta quarta-feira (30), com mais de 246 mil tweets no momento da publicação desta matéria.
Vale destacar que um dos tweets é do filho do presidente, Eduardo Bolsonaro.
A rede Globo foi chamada de "imprensa canhoto" por apoiador de Bolsonaro, que adicionou um tweet recém-publicado pelo presidente do Brasil.
Há quem acredite que "a bomba explodiu na cara da Rede Globo".
Do outro lado da moeda, se encontra a hashtag #QuemEstavaNaCasa58, que estava com mais de 116 mil tweets no momento da publicação desta matéria.
A deputada federal Erika Kokay (PT-DF) relembrou as provas que foram usadas pelo então juiz Sergio Moro para incriminar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
O jornalista William De Lucca perguntou ao presidente Jair Bolsonaro se a insônia seria ocasionada pelo medo.
O Jornal Nacional buscou o advogado do presidente do Brasil, que afirmou que Jair Bolsonaro não conhece Élcio Queiroz.