Câmara dos Representantes aprova prosseguimento de impeachment de Trump

A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, de maioria democrata, deu mais um passo no processo de impeachment de Donald Trump, ao aprovar as regras para a próxima fase do inquérito, o que inclui audiências públicas. 
Sputnik

Na votação, considerada um importante teste para a continuidade do impeachment, as regras do processo estabelecidas pelo Partido Democrata foram aprovadas por 232 a 196. Nenhum republicano votou a favor, enquanto dois democratas ficaram contra. Foi decidido também que o presidente poderá comparecer ao Congresso para se defender. 

"Hoje é um dia triste. Ninguém veio ao Congresso para destituir um presidente", afirmou a porta-voz da Casa, a democrata Nancy Pelosi, segundo publicado pela agência Reuters. 

O republicano é acusado de colocar a segurança nacional em risco ao pedir ao presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky, ajuda para investigar o pré-candidato presidencial democrata Joe Biden e seu filho Hunter, que trabalhou até o início deste ano em uma empresa de gás ucraniana. Segundo os opositores de Trump, ele usou seu poder na Casa Branca para obter vantagens pessoais. 

Os republicanos, por seu lado, acusam os adversários de querer derrubar os resultados das eleições de 2016. As eleições presidenciais americanas acontecem no ano que vem. 

A Casa Branca disse que os democratas têm uma "obsessão desequilibrada" pelo impeachment. Por meio do Twitter, Trump acusou o processo de ser a "maior caça às bruxas da história americana". Ele nega que tenha cometido qualquer irregularidade. 

Se aprovado, impeachment segue para o Senado

A abertura do impeachment foi anunciada em 24 de setembro por Pelosi. O pedido se baseia em uma ligação de Trump para Zelensky realizada em 25 de julho. O conteúdo da conversa foi divulgado em setembro, após uma denúncia anônima de um agente da inteligência americana. 

Caso a Câmara aprove o impeachment, o Senado, de maioria republicana, faria um julgamento do caso. Trump, no entanto, ao contrário do que acontece segundo as regras brasileiras, não seria removido do cargo durante o processo. Para ser aprovado, é preciso dois terços dos votos, o que parece improvável numa Casa controlada pelo partido do presidente.

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