Em entrevista concedida à jornalista Leda Nagle, feita na segunda-feira e publicada na manhã desta quinta-feira, Eduardo Bolsonaro afirmou que o Brasil pode viver "um novo AI-5", caso a esquerda venha a "radicalizar".
"Eu peço desculpas a quem porventura tenha entendido que estou estudando o retorno do AI-5 ou achando que o governo, de alguma maneira, estaria estudando qualquer medida nesse sentido. Essa possibilidade não existe. Agora, muito disso é uma interpretação deturpada do que eu falei", disse o deputado em entrevista à TV Band.
A declaração do filho do presidente sobre o AI-5 surgiu quando a jornalista perguntou sobre os acontecimentos políticos em países vizinhos, como os protestos no Chile e a eleição de Alberto Fernández na Argentina.
O Ato Institucional Número Cinco (AI-5) foi o quinto de 17 decretos emitidos pela ditadura militar nos anos que se seguiram ao golpe de estado de 1964 no Brasil. Considerado o mais duro de todos, ele cassou mandatos de parlamentares contrários aos militares, nomeou interventores em municípios e estados, e suspendeu garantias institucionais, como o habeas corpus.