Durante a ligação, Trump prometeu a Fernandez que havia "instruído" o Fundo Monetário Internacional (FMI), que concedeu uma linha de crédito de US$ 57 bilhões ao país no ano passado, para trabalhar com o novo governo da Argentina.
"Não hesite em me ligar", afirmou Trump a Fernandez durante a ligação. O presidente eleito da Argentina declarou a Trump que espera que os dois tenham um relacionamento "maduro e cordial", prosseguiu o comunicado.
"Temos que fazer as coisas juntos", destacou Fernández, de acordo com uma transcrição da ligação fornecida pela equipe do novo presidente argentino.
O acordo do FMI, negociado com o atual presidente da Argentina, Mauricio Macri, está no limbo desde as eleições primárias de 11 de agosto, que Fernández venceu por uma margem maior que o esperado. O resultado primário provocou uma forte venda de ativos argentinos e provocou medo de um default soberano.
Mas o peso se estabilizou nesta semana, ajudado por intervenções do Banco Central, após a vitória de Fernández nas eleições. A moeda fechou sexta-feira em 59.745 pesos para cada dólar americano.
Macri, que é favorável às empresas, conquistou o cargo em 2015 com a promessa de "normalizar" uma economia distorcida por controles governamentais severos implementados pela presidente anterior, Cristina Kirchner, que foi companheira de chapa de Fernández e se tornará a próxima vice-presidente da Argentina em dezembro.
Mas Macri não conseguiu atrair o investimento estrangeiro direto necessário para sustentar o crescimento em uma economia atingida pela recessão, alta inflação e temores de dívidas.
Os mercados locais de ações e títulos, bem como o setor agrícola mais importante do país, estão em dificuldades, aguardando sinais de Alberto Fernández sobre sua futura estrutura de políticas. Os agricultores dizem que estão retendo o investimento até que o líder que está entrando deixe suas políticas comerciais claras.