Investigação da Polícia Federal, deflagrada nesta sexta (1°), concluiu que o óleo presente no litoral nordestino foi fruto de um vazamento que ocorreu a partir de um navio de bandeira grega ainda no final de julho.
Usando imagens via satélite, os investigadores descobriram uma mancha inicial de petróleo localizada a cerca de 700 quilômetros do litoral brasileiro. As imagens tinham sido feitas ainda em 29 de julho.
Na data, como publicou a revista Veja, o único petroleiro que transitava pelo local era o de bandeira grega.
Navio com problemas
Conforme informou a Marinha do Brasil, a embarcação já foi submetida a inspeções nos EUA que comprovaram "incorreções de procedimentos operacionais no sistema de separação de água e óleo para descarga no mar".
Ainda segundo a revista, foram expedidos pelo menos dois mandados de busca e apreensão a escritórios de outras empresas ligadas à operadora do navio no Brasil.
Neste momento, as investigações buscam mais dados sobre o navio e sua tripulação.
"Há fortes indícios de que a empresa, o comandante e a tripulação do navio deixaram de comunicar às autoridades competentes acerca do vazamento/lançamento de petróleo cru no oceano Atlântico", afirmaram Cibele Benevides e Victor Mariz, ambos procuradores da República no Rio Grande do Norte.
De acordo com a Polícia Federal, o navio teria passado pelo Atlântico Sul logo após parada na Venezuela em 15 de julho.
Maior derramamento em extensão
Acredita-se que este desastre ambiental tenha sido o maior derramamento de petróleo em extensão do Brasil. Quase uma centena de municípios tiveram suas praias sujas e grande parte da vida marinha local foi afetada.