Fim da dependência dos EUA? Coreia do Sul pretende fabricar e vender suas próprias armas

De acordo com a mídia norte-americana, os sul-coreanos pretendem desenvolver seus próprios equipamentos militares, visando sua independência perante os EUA.
Sputnik

Como se sabe, grande parte do arsenal e equipamento militar da Coreia do Sul é fornecido pelos EUA, como por exemplo, os caças F-15X, veículos blindados e lançadores de mísseis, segundo o portal Foreign Policy.

Mas agora seus líderes estariam pensando em mudar essa dependência dos norte-americanos. As Forças Armadas do país pretendem desenvolver, fabricar e vender seus próprios equipamentos militares, diante da ameaça da Coreia do Norte e da gestão incerta da estabilidade e da paz na Ásia Oriental por parte de Washington.

"As empresas de Defesa da Coreia do Sul pretendem elevar suas exportações", afirmou o professor de relações internacionais Daniel Pinkston da Universidade Troy, em Seul.

Até há pouco, a Coreia do Sul e os EUA formavam uma aliança sólida. Entretanto, as últimas declarações do presidente norte-americano, Donald Trump, bem como suas ações, como a retirada das tropas da Síria, aparentemente abalaram a relação entre os dois países, fazendo com que a Coreia procurasse mais "independência".

Fim da dependência dos EUA? Coreia do Sul pretende fabricar e vender suas próprias armas

Apesar de os sul-coreanos seguirem comprando os equipamentos dos EUA, como, por exemplo, os caças F-35, o país demonstra que está tentando se tornar autossuficiente, sem depender dos norte-americanos.

"Os sul-coreanos gostariam de reduzir a dependência da importação de tecnologias militares", ressaltou Pinkston.

Vale citar um dos projetos da Coreia do Sul, o caça multifunção KAI KF-X, que, apesar de ser desenvolvido em conjunto com a Indonésia, é liderado pelos sul-coreanos, que possuem 80 % das ações.

Com isso, o governo sul-coreano pretende não só ser mais independente, como também incentivar economicamente as empresas do país através das exportações e claro, enviar um sinal para os norte-coreanos, que seguem testando mísseis na região, além de garantir a segurança do país em um região instável.

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