"Deixando tropas para trás, como [Trump] está fazendo agora, ele diz que o que quer fazer é ocupar os campos de petróleo e vamos pegá-los", disse Biden ao Wall Street Journal.
Segundo o democrata americano, o espaço deixado pela retirada das tropas dos EUA tem sido desastrosamente preenchido pelos governos da Síria, Rússia e Irã, além dos terroristas do Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e outros países).
"É como um cartaz gigante de recrutamento de 91 metros para o Daesh", complementa Biden.
No entanto, Biden não criticou a política americana de "garantir o petróleo" de nações soberanas para si, mas lamentou mais uma "traição" dos aliados dos EUA.
Poucos. Orgulhosos. Fuzileiros. Roubando o petróleo da Síria
Nos tempos da administração Obama, Biden defendeu um programa de treinamento e equipamento rebelde sírio de US$ 500 milhões.
Desviando a culpa
Quando relatos de armas americanas, caindo regularmente nas mãos dos combatentes do Daesh e de militantes apoiados pelos EUA que se juntaram às fileiras dos jihadistas, finalmente chegaram à grande mídia, Biden tentou desviar a culpa, alegando que não era culpa de Washington que seus próprios aliados estivessem despejando "centenas de milhões de dólares e milhares de toneladas de armas em alguém que lutasse contra Assad".
Após o fracasso dos "rebeldes moderados", os EUA renegaram o Exército Livre da Síria, mas conseguiu manter uma posição no norte da Síria e capturar campos de petróleo na província síria de Deir ez-Zor com a ajuda das Forças Democráticas da Síria lideradas pelo Curdistão.
Depois que o esforço dos "rebeldes moderados" fracassou e se transformou em um desastre de RP, Washington renegou o Exército Livre da Síria, mas conseguiu manter uma posição no norte da Síria e capturar campos de petróleo em Deir ez-Zor com a ajuda de suas novas "botas no chão", as Forças Democráticas da Síria lideradas pelo Curdistão.
Anteriormente, Trump proclamou como retirou as tropas, deixando claro que a única razão pela qual os EUA estão mantendo uma pequena, porém ainda ilegal, presença militar após a retirada é para negar o acesso de Damasco aos seus recursos naturais.
De acordo com as estimativas da Rússia, os EUA contrabandeiam todos os meses petróleo bruto no valor de US$ 30 milhões (R$ 119 milhões) da Síria. Isso não só viola o direito internacional como também infringe as suas próprias sanções unilaterais contra o Estado devastado pela guerra.