O comunicado foi dado à imprensa na quarta-feira (6) por um alto funcionário do Departamento de Estado dos EUA.
"Em primeiro lugar, a missão de 'proteger' é provavelmente um termo muito leigo [...] É basicamente para assegurar uma área, e essa área deve servir como uma base para nossas operações contínuas de derrotar o Daesh [grupo terrorista proibido na Rússia e outros países], que é a base legal para nossos militares estarem lá, no nordeste da Síria, em primeiro lugar com nossos aliados locais das FDS [Forças Democráticas da Síria]", disse o oficial.
Os diplomatas dos EUA não receberam instruções em relação aos campos de petróleo no nordeste sírio, onde as comunidades locais exploram recursos energéticos para seu próprio benefício.
Respondendo à pergunta se o governo dos EUA ponderou pedir às companhias de energia para "restaurar" os campos de petróleo no nordeste da Síria, o alto funcionário informou que o Departamento de Estado não tem "nenhuma orientação proveniente da administração, para fazer qualquer coisa com os campos de petróleo".
Campos petrolíferos
Na terça-feira (5), a agência de notícias turca Anadolu informou que os militares dos EUA estavam construindo duas novas bases na província de Deir ez-Zor, no nordeste da Síria.
Enquanto isso, o representante especial do presidente russo para a Síria, Aleksandr Lavrentiev, comunicou recentemente que os territórios ricos em petróleo no nordeste da Síria devem ser controlados pelo governo sírio.
O secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, declarou no final de outubro que os Estados Unidos negariam às forças russas e sírias o acesso aos campos de petróleo que estão protegendo no nordeste da Síria. Esper destacou que os EUA garantirão o controle por parte das Forças Democráticas da Síria, lideradas pelos curdos, sobre os campos petrolíferos.
O ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, acusou Washington de usar as receitas da venda de petróleo sírio para apoiar grupos armados leais em território sírio.