A dinâmica da geleira, situada a sudeste da cidade de Juneau, no estado americano do Alasca, chamou a atenção de cientistas.
Duas fotografias tiradas pela NASA, em agosto de 2014 e 2018, exibem que as plataformas de gelo próximas ao rio Taku recuaram pela primeira vez desde que a área começou a ser estudada em 1946, relata Live Science.
O glaciólogo Mauri Pelto, do Nichols College (EUA), estudou 250 geleiras e suas previsões indicavam que a Taku continuaria avançando durante o resto deste século e, por isso, este fenômeno se tornaria visível há cerca de 80 anos.
Por meio século, a geleira Taku tem sido a única conhecida geleira do Alasca a resistir aos efeitos das mudanças climáticas - até agora
Até mesmo para uma das geleiras separadas mais espessas do mundo, na Taku, que tem 1.480 metros de espessura, esse fenômeno era inevitável.
Entre os períodos de expansão e retrocesso, há geralmente décadas de estabilidade, mas, neste caso, durou apenas poucos anos.
"O fato de a transição ocorrer tão rapidamente indica que o clima invalida o ciclo natural de avanço e retrocesso que a geleira normalmente teria tido", concluiu Pelto.