Detido desde abril de 2018, o ex-presidente discursou na vigília Lula Livre, acampamento montado nas proximidades de sua carceragem. Logo após ser solto, o ex-presidente agradeceu aos militantes que o cumprimentavam todo dia ao gritar seu nome.
"Vocês não tem dimensão do significado de eu estar aqui junto com vocês", disse Lula. "A vida inteira estive conversando com o povo brasileiro, eu não pensei que no dia de hoje eu poderia estar aqui conversando com homens e mulheres que durante 580 dias gritaram 'bom dia, Lula'".
O petista também criticou "o lado podre da Justiça" que, segundo o ex-presidente, tentou "criminalizar a esquerda, o PT e o Lula".
Lula falou ao lado da presidente do PT, a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR), e do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, a quem chamou de "quase presidente, se não fosse roubado".
"Eles não prenderam um homem, eles tentaram matar uma ideia, uma ideia não se mata e uma ideia não desaparece. Eu quero lutar para mostrar que se existe uma quadrilha e um bando de mafioso era para tentar, liderados pela Rede Gobo, criar a imagem que o PT precisava ser criminalizado", disse.
O ex-presidente também afirmou que, desde sua prisão, "a vida do povo piorou" e que pretende "percorrer o país". Lula agora segue para São Paulo e amanhã irá para o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo.
"Saio daqui aos 74 anos, no meu coração só tem espaço para o amor, porque o amor vai vencer o ódio", afirmou o petista.