"Eu denuncio ao mundo e ao povo boliviano que um policial anunciou publicamente que ele foi instruído a executar um mandado de prisão ilegal contra mim; da mesma forma, grupos violentos atacaram minha casa. O golpe destrói o estado de direito", escreveu Morales em seu Twitter.
A ordem de prisão contra o ex-presidente, contudo, foi negada em entrevista transmitida pela televisão do chefe de Polícia da Bolívia, Yuri Calderón.
Morales pode estar fazendo referência a vídeo publicado pelo canal de notícias colombiano NTN24, que mostra um policial afirmando que pretende "prender o senhor presidente".
A possível detenção de Morales também foi comentada por Luis Fernando Camacho, presidente do Comitê Cívico de Santa Cruz, que afirmou, também pelo Twitter, que policiais e militares estão buscando Morales. Ainda de acordo com Camacho, os militares retiraram o avião presidencial de Morales.
A ex-presidente do Supremo Tribunal Eleitoral, Maria Eugenia Choque Quispe, foi detida neste domingo e exibida algemada em coletiva de imprensa.
As Forças Armadas da Bolívia pediram a renúncia de Morales neste domingo após semanas de instabilidade e protestos populares. Em 20 de outubro, o país latino-americano realizou eleições que deram mais um mandato a Morales, mas a oposição afirmou que o pleito foi fraudado. Diante da pressão, Morales concordou com uma auditoria das Organização dos Estados Americanos (OEA) e com a posterior recomendação do organismo internacional de uma nova eleição. As Forças Armadas, contudo, ressaltaram que Morales deveria renunciar e o primeiro indígena a ocupar a presidência do país resolveu deixar o cargo.
As mudanças políticas na Bolívia já repercutiram em outros países da região.