Lula classificou o incidente como um "golpe de Estado" e disse no Twitter: "É lamentável que a América Latina tenha uma elite econômica que não saiba conviver com a democracia e com a inclusão social dos mais pobres".
Já o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse em seu Twitter que "condena categoricamente o golpe de Estado" na Bolívia. "Os movimentos sociais e políticos do mundo se declaram em mobilização para exigir a preservação da vida dos povos originários bolivianos vítimas do racismo", afirmou Maduro.
"Na Bolívia, um golpe de estado foi consumado como resultado das ações conjuntas de civis violentos, motim policial e passividade do exército. É um golpe perpetrado contra o Presidente Evo Morales, que pedia um novo processo eleitoral. Nós, defensores das instituições democráticas, repudiamos a violência desencadeada que impediu Evo Morales de concluir seu mandato presidencial e alterou o curso do processo eleitoral", disse o presidente eleito da Argentina, Alberto Fernández, no Twitter.
Fernández assume o cargo em 10 de dezembro. A possibilidade de Morales ir para a Argentina após renunciar chegou a circular nas redes sociais, mas o agora ex-presidente esclareceu que deve permanecer na Bolívia.
México oferece asilo
O ministro das relações exteriores do México, Marcelo Ebrard, também se pronunciou no Twitter sobre os incidentes na Bolívia e disse que "há uma operação militar em curso" e "golpe não". O chanceler mexicano também ofereceu asilo a Morales.
"O México, de acordo com sua tradição de asilo e não intervenção, recebeu 20 personalidades do executivo e legislativo boliviano na residência oficial em La Paz, por isso decidimos também oferecer asilo a Evo Morales", escreveu Ebrard.