O Parlasul se reuniu em caráter de urgência nesta segunda-feira, em sua sede em Montevidéu, capital do Uruguai, e publicou a carta após o fim da sessão.
"Rechaçamos o golpe cívico-militar no estado plurinacional da Bolívia contra o governo democraticamente eleito do presidente Evo Morales, bem como a estratégia de extrema violência política implementada por milícias privadas com a cumplicidade de comandantes militares e policiais contra membros do governo e suas famílias", diz o texto da declaração divulgado nas redes sociais.
Morales renunciou no dia 10 de novembro, em meio a violentos protestos de rua liderados por grupos de oposição, e depois que as Forças Armadas solicitaram seu afastamento. A posição dos militares teria sido fundamental, e veio após a publicação do relatório da Organização dos Estados Americanos (OEA), que apontou irregularidades nas eleições presidenciais de 20 de outubro.
Depois de renunciar, Morales teria viajado, no mesmo dia, para a região produtora de coca de Chapare, no departamento de Cochabamba.
O Parlasul também exortou a comunidade internacional a exigir a proteção da vida de Morales e dos membros do executivo, do legislativo, dos governos locais e de suas famílias "diante da onda de violência desencadeada pelos promotores do golpe de Estado".
Da mesma forma, o Parlamento do Mercosul declarou que não reconhecerá nenhum regime "decorrente do golpe de estado".