De acordo com a presidente da Associação de Comissários de Bordo (APFA), Lori Bassani, os comissários estariam temendo fazer parte de tripulações de aeronaves Boeing 737 Max, mesmo a aeronave estando perto de obter sua aprovação para voar novamente, conforme o portal Bloomberg.
"Eu escuto alguns comissários todos os dias e eles me imploram para não os fazer subir a bordo daquele avião [Boeing 737 Max]", afirmou Bassani.
Bassani explicou que os tripulantes querem saber tudo o que ocorreu nos dois acidentes envolvendo o Boeing Max 8, que provocaram a morte de centenas de pessoas na Indonésia e na Etiópia em 2018. Além disso, eles querem ter certeza de que é seguro voar na aeronave.
A Administração Federal de Aviação (FAA) segue analisando os dados da Boeing, dos reguladores dos EUA e da American Airlines, bem como as informações de seus pilotos, antes de incorporar novamente a aeronave com o novo software de controle de voo.
O presidente da American Airlines, Robert Ison, afirmou que a aeronave deverá passar por "voos de exibição" com executivos, funcionários e jornalistas antes de voltar a operar com passageiros. Ele também afirmou que o Boeing Max não voltará a operar até que os funcionários se sintam seguros.
Por sua vez, a AFPA quer que haja um consenso global sobre a segurança do Boeing Max, e não apenas a aprovação da FAA, antes que os tripulantes subam a bordo da aeronave novamente.