A declaração foi feita durante a coletiva de imprensa que decorreu em Bruxelas (Bélgica) antes da reunião dos ministros da Defesa dos estados-membros da OTAN.
De acordo com o secretário-geral da Aliança Atlântica, o reconhecimento do espaço como sua esfera de influência contribuirá para o desenvolvimento dos sistemas de comunicação, navegação e sistema de alerta precoce. Além disso, Stoltenberg ressaltou que no espaço não será colocado armamento ofensivo.
Em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik, o vice-presidente do Comitê de Defesa da Duma de Estado (Parlamento) da Rússia, Yuri Shvytkin, disse que este tipo de afirmações da liderança da OTAN sobre os armamentos ofensivos não corresponde à realidade.
"A declaração de Stoltenberg é desconcertante e claramente [implica] ações agressivas e destrutivas para com outros países [...]. A aliança em si como organização militar implica a militarização do espaço e os países da OTAN farão todos os tipos de tentativas nesse sentido. No meu ponto de vista, isto poderá levar a comunidade mundial a uma catástrofe", opinou legislador.
Shvytkin fez notar que, face a isso, a Rússia precisa de tomar medidas adequadas para evitar a militarização do espaço por parte da OTAN.
"A resposta deve ser simétrica, mas, ao mesmo tempo, tal resposta não deve arrastar nosso país para uma corrida armamentista no espaço", concluiu o vice-presidente do comitê.
Anteriormente, o presidente da França criticou as ações ofensivas da Turquia no nordeste da Síria, classificando-as como "loucura" e criticando também a incapacidade de reação da OTAN.