"[Jerry Chun Shing] Lee traiu seu próprio país por ganância e colocou seus ex-colegas em risco. A seriedade de sua traição e crime é demonstrada pela sentença de hoje", disse o diretor assistente encarregado do escritório de campo do FBI em Washington, Timothy Slater, no comunicado divulgado nesta sexta-feira (22).
Lee se declarou culpado em maio por conspirar para comunicar, entregar e transmitir informações de defesa nacional dos EUA para a China, disse o comunicado.
"Em pouco mais de um ano, condenamos três americanos por cometerem crimes de espionagem em nome do governo chinês. Agora, cada um recebeu uma sentença de pelo menos uma década", afirmou o procurador-geral adjunto de Segurança Nacional, John Demers, no comunicado. Todos os três eram ex-membros da comunidade de inteligência dos EUA, acrescentou Demers.
Lee deixou a CIA em 2007 após 13 anos de carreira e se mudou para Hong Kong. Três anos depois, dois oficiais de inteligência chineses se aproximaram de Lee.
Mais tarde, Lee depositou quase US$ 17.468,00 em sua conta bancária pessoal, o primeiro de centenas de milhares de dólares em depósitos em dinheiro na conta de Lee entre maio de 2010 e dezembro de 2013, informou o comunicado.
Uma busca do FBI em agosto de 2012 de um quarto de hotel no estado do Havaí, registrada em nome de Lee, descobriu um pen drive com documentos confidenciais, bem como anotações manuscritas feitas por Lee que se relacionavam principalmente ao seu trabalho como agente da CIA antes de 2004.
As notas incluíam informações fornecidas pelos ativos da CIA, nomes verdadeiros dos ativos, locais de reuniões operacionais, números de telefone e informações sobre instalações secretas, acrescentou o comunicado.
Segundo o documento, o agente condenado teria conhecimento em primeira mão de alguns dos segredos mais sensíveis da CIA.