Protestos no Irã: militar acusa EUA de lançarem 'guerra mundial' fracassada contra Teerã

Uma "guerra mundial" contra Teerã foi frustrada, anunciou uma milícia pertencente ao Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica, descrevendo os recentes protestos contra a alta dos preços dos combustíveis como um plano instigado pelos EUA e seus aliados.
Sputnik
"Uma guerra mundial completa contra o sistema e a revolução nasceu e, felizmente, a criança morreu no momento do nascimento", disse o brigadeiro-general Salar Abnoosh, vice-chefe da milícia Basij, uma das cinco forças do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica.

O comandante acusou uma "coalizão do mal", composta pelos Estados Unidos, Arábia Saudita e Israel, por estar por trás de vários dias de agitação na República Islâmica.

A Guarda Revolucionária informou em comunicado que protestos eclodiram em cerca de 100 cidades em todo o Irã depois que o governo aumentou os preços dos combustíveis. Como resultado da "perspicácia e ação oportuna" dos militares, a agitação terminou "em menos de 24 horas e em algumas cidades em 72 horas", afirmou o Corpo Revolucionário.

O vice-comandante do grupo, brigadeiro-general Ali Fadavi, destacou que Washington "enlouqueceu" com o fato de o país ter retornado à normalidade e que não há mais "desordem" nas ruas.

Horas antes, o secretário de Estado dos EUA, Mike Pompeo, havia pedido aos "corajosos manifestantes" do Irã que compartilhassem vídeos e fotografias que mostrassem abusos por parte das forças policiais e militares iranianos. Ele disse que o material seria usado para "sancionar" o Irã por violações dos direitos humanos.

Teerã zombou das declarações de apoio de Washington aos manifestantes, observando que as sanções dos EUA barraram a "entrega de alimentos e drogas para idosos e pacientes".

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