Na semana passada, o jornal The Wall Street Journal informou que o Pentágono e o Departamento de Estado dos EUA advertiram em uma carta conjunta as autoridades do Egito sobre a introdução de possíveis sanções devido à compra de caças russos Su-35.
"As declarações sobre as sanções dos EUA contra o Egito pela cooperação militar com a Rússia […] extravasam o quadro das normas diplomáticas [...] e as consideramos como uma ingerência inaceitável nos assuntos internos de nosso país", disse o deputado Yahya al-Kadwani à Sputnik Árabe.
Anteriormente um alto funcionário da diplomacia estadunidense afirmou em declaração à mídia que Washington mantém diálogo com o Egito para que o país árabe desista da compra.
"O Egito é um país soberano que toma suas próprias decisões sobre os mecanismos de cooperação técnico-militar com outros países, conforme necessário para defender seus interesses", salientou Al-Kadwani.
O legislador notou que o Egito busca diversificar o fornecimento de armas e já está cooperando com Rússia, China, Alemanha, França e EUA.
"O Egito não irá se submeter à pressão dos EUA, não mudará sua política para agradar aos Estados Unidos e não tem intenção de desistir ao reforço da cooperação com a Rússia em todos os sectores, incluindo o militar", disse ele, acrescentando que "Egito é um grande país que age em conformidade com os seus próprios interesses e não aceita que as decisões lhe sejam impostas a partir do exterior".