EUA querem reduzir gastos com OTAN, esperando que outros membros aumentem contribuições, diz mídia

A Casa Branca tomou a decisão de reduzir seu financiamento direto da OTAN, na esperança que outros membros da aliança colmatem esta diferença orçamental, escreve a CNN.
Sputnik

Fontes oficiais anônimas do Departamento de Defesa dos EUA revelaram à CNN que a Casa Branca quer reduzir suas contribuições para a OTAN para cerca de 16% do orçamento total da Aliança Atlântica, o que colocaria os Estados Unidos quase no mesmo nível que a Alemanha, com 14,8%.

De acordo com a mídia, a cota-parte do financiamento direto dos EUA era por volta de 22 %. Estes fundos cobriam os gastos de manutenção da sede da aliança, investimentos em segurança e operações militares conjuntas.

As fontes também indicam que se prevê que o déficit orçamental seja preenchido por contribuições de outros países membros da OTAN.

"Todos os aliados concordaram sobre uma nova fórmula de partilha de custos. De acordo com ela, a percentagem atribuída à maioria dos aliados europeus e Canadá irá aumentar, enquanto a percentagem dos EUA diminuirá. Esta é uma demonstração importante do compromisso de outros países com a Aliança e uma repartição de encargos mais justa", explicou um oficial da OTAN à CNN.

Desde que tomou posse em 2017, Donald Trump tem repetidamente pressionado os Estados membros da OTAN a cumprirem suas obrigações quanto ao financiamento da Aliança.

O presidente dos EUA disse que gostaria que os membros da OTAN gastassem mais de 2% do seu PIB em defesa — uma mudança do discurso de Trump em relação ao ano passado, quando defendeu um gasto de 4% do PIB.

A Alemanha prometeu aumentar os gastos militares do país para 1,5% do PIB até 2023, o que ainda não atinge a meta da OTAN. Os Estados Unidos gastam 4,3% do seu Produto Interno Bruto com a OTAN.

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