Sputnik Estônia denuncia tentativas de 'expulsar' agência do país

A Sputnik Estônia, que faz parte da agência de notícias russa Rossiya Segodnya, está sob forte pressão local, o que aponta que estão querendo afastá-la do país.
Sputnik

As autoridades estonianas estão fazendo tentativas deliberadas para mandar embora a Sputnik Estônia do país, apesar de a maioria de seus empregados serem cidadãos do país. Para além da pressão direta sobre os jornalistas, tentativas de interferência financeira no trabalho do grupo de mídia se tornaram mais frequentes, informou a assessoria de imprensa da agência.

"No final de outubro de 2019, as sucursais estonianas de grupos bancários internacionais congelaram as transferências de salários da agência noticiosa Rossiya Segodnya para os funcionários da Sputnik Estônia, bem como os pagamentos de impostos e de aluguel do escritório", diz o comunicado.

Nota-se que outras instituições bancárias estonianas que foram contatadas pela agência também se recusaram a efetuar as operações. Durante os quase quatro anos de trabalho da Sputnik na Estônia as transferências de dinheiro nunca foram questionadas pelos bancos locais.

As estruturas bancárias e as contrapartes da Sputnik na Estônia estão sob pressão do Gabinete de Informação de Lavagem de Dinheiro (RAB) do Departamento de Polícia e Guarda de Fronteiras do país.

Atualmente, todas as transações da Rossiya Segodnya às suas contrapartes na Estônia estão congeladas. O senhorio do escritório da Sputnik em Tallinn comunicou ao chefe da redação que o atual contrato de arrendamento foi rescindido unilateralmente.

A Estônia é o único país báltico que dispõe de uma redação completa e de um escritório da agência de notícias e rádio Sputnik. A equipa é composta por 35 pessoas, 33 das quais são cidadãos estonianos que exercem suas profissões tendo contratos de trabalho com a agência de notícias Rossiya Segodnya. Os pagamentos de impostos da agência ao orçamento da Estônia ascendem a quase 30 mil euros mensais.

Comentar