Ao longo de mais de um mês de manifestações, 33 pessoas morreram.
Áñez disse que tomou a decisão depois de considerar que a "pacificação" do país foi alcançada após diferentes forças políticas concordaram em avançar em um plano para convocar novas eleições presidenciais.
O decreto foi publicado em 16 de novembro, em um dos momentos mais violentos dos protestos. Um dia antes, oito plantadores de coca e defensores do ex-presidente Evo Morales haviam sido mortos na cidade de Sacaba, informa a agência de notícias Associated Press.
O decreto foi criticado dentro e fora da Bolívia e considerado um estímulo à violência.
"Nosso governo teve que recorrer a uma medida dessas características porque enfrentou ações violentas que nunca vivemos em nossa história e que não queremos viver novamente", disse a presidente interina.
Áñez também agradeceu a participação das Forças Armadas: "Por causa de sua participação determinada e oportuna, que evitou atitudes de vandalismo e confronto", disse em referência ao dia 20 de novembro, quando um confronto entre manifestantes que fechavam o acesso a uma refinaria e militares terminou com nove manifestantes mortos. O incidente ocorreu na cidade de El Alto.