Seis países europeus aderem a mecanismo financeiro para continuar comércio com Irã

Finlândia, Bélgica, Dinamarca, Países Baixos, Noruega e Suécia se juntaram ao acordo comercial para evitar as sanções norte-americanas ao país.
Sputnik

A Finlândia, a Bélgica, a Dinamarca, os Países Baixos, a Noruega e a Suécia vão aderir ao mecanismo INSTEX - Instrumento de Apoio ao Comércio Exterior com o Irã, que permite realizar o comércio com a República Islâmica, evitando sanções dos Estados Unidos.

"À luz do apoio europeu contínuo ao acordo e dos esforços em curso para aplicar a parte econômica do mesmo e facilitar o comércio legítimo entre a Europa e o Irã, estamos agora em vias de nos tornar acionistas do Instrumento de Apoio às Trocas Comerciais (INSTEX), sujeito à conclusão dos procedimentos nacionais", afirma o comunicado.

O Irã considera que o Instrumento de Apoio às Trocas Comerciais da UE, um mecanismo criado para ajudar o comércio com Teerã evitando as sanções dos EUA, é fraco, declarou mais cedo em novembro o vice-ministro das Relações Exteriores iraniano, Seyed Abbas Araghchi, acrescentando que o sistema ainda não foi plenamente implementado.

O instrumento comercial abrange apenas o fornecimento de medicamentos, equipamento médico e produtos agrícolas na sua fase inicial, mas Teerã também procura exportar petróleo.

Acordos recentes com Irã

O INSTEX é um veículo de finalidade especial criado pela Alemanha, França e Grã-Bretanha em fevereiro para ajudar empresas da UE a fazer negócios com o Irã, contornando as sanções dos EUA contra este país. Após uma reunião da Comissão Mista do Plano de Ação Integral Conjunto (JCPOA em inglês) em junho, o mecanismo se tornou operacional e disponível para todos os Estados-membros da UE.

O pacto JCPOA, assinado em 2015 pelo Irã, China, França, Alemanha, Rússia, Reino Unido, Estados Unidos, Alemanha e União Europeia, exigia que o Irã reduzisse seu programa nuclear e diminuísse drasticamente suas reservas de urânio em troca do alívio das sanções.

Em 2018, os Estados Unidos abandonaram sua política conciliatória em relação ao Irã, retirando-se do JCPOA e aplicando sanções ao país. A União Europeia tem tentado preservar o acordo por diversos meios diplomáticos.

Teerã advertiu mais tarde que iria abandonar gradualmente suas obrigações no âmbito do JCPOA a cada 60 dias.

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