O golpe de Estado na Venezuela fracassou, considerou o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza, ao responder às palavras dos diplomatas russos, de acordo com as quais os planos dos EUA para derrubar o governo desta nação sul-americana não se tornaram realidade.
Estamos de acordo com o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, e estamos dizendo isso há meses: o golpe de Estado de Washington na Venezuela fracassou. A Doutrina Monroe jamais será imposta aos povos livres da Nossa América.
Anteriormente, o chefe do departamento latino-americano do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Aleksandr Schetinin, disse que os EUA não conseguiram realizar uma "guerra-relâmpago" contra o governo de Nicolás Maduro, apesar da política de estrangulamento com sanções.
O diretor do Centro da América Latina Hugo Chávez, Egor Lidovskoy, explicou em entrevista ao serviço russo da Rádio Sputnik por que isso aconteceu.
"Os americanos não conseguiram fazer um golpe de Estado na Venezuela porque subestimaram o apoio do povo ao presidente. Maduro, de fato tem muito apoio não apenas entre a população como também no Exército, com o qual ele está estreitamente relacionado. Os americanos confiavam em uma guerra-relâmpago, em uma vitória rápida, só que eles falharam, porque Maduro conseguiu mobilizar rapidamente as ruas – imensas pessoas saíram às ruas em seu apoio, e isso basicamente anulou os efeitos das manifestações de Guaidó", disse especialista.
Apesar disso, na opinião dele, Washington não desistiu das tentativas de interferir nos assuntos da Venezuela.
"Eu penso que haverá mais tentativas, porque uma grande quantidade de dinheiro foi alocada para derrubar o presidente legítimo, e o que foi gasto tem de ser compensado. Em breve irá fazer um ano após a tentativa de golpe de Estado – suponho que algo será organizado para essa data. Recentemente apareceram notícias falsas que a Venezuela estaria tentando contornar as sanções dos EUA. Esta escalada demonstra a tentativa de levantar essa questão de uma maneira negativa em relação ao governo legítimo'', ressaltou.
Na opinião de Lidovskoy, para preservar e proteger a sua independência e o seu caminho, a Venezuela precisa de reforçar o Exército e mobilizar forças para estar pronta a repelir qualquer ameaça.