Por meio do Twitter, o republicano acusou nesta segunda-feira (2) Brasil e Argentina de desvalorizar as próprias moedas e, por isso, disse que voltará a impor tarifas sobre os dois produtos.
Os internautas não perdoaram e usaram as redes sociais para criticar a posição do Brasil em relação aos EUA.
Bolsonaro costuma se orgulhar de possuir uma relação estreita com Trump, mas várias medidas recentes mostram que na prática essa aproximação tem obstáculos, como foi o caso de agora e recentemente sobre o ingresso do Brasil na OCDE e o veto à entrada da carne brasileiro no mercado dos EUA.
Após o anúncio de Trump, Bolsonaro reagiu à fala do presidente dos EUA e disse que vai conversar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, e que, se for o caso, vai falar diretamente com Donald Trump.
Na época, a decisão gerou protestos de diversos setores e, em agosto, o presidente americano voltou atrás da decisão.
Agora, Trump mudou de ideia novamente, com base na desvalorização da moeda brasileira e argentina.
Desde o início do ano até a última sexta-feira (29), o dólar já subiu 9,43% em relação ao real, o que torna as exportações brasileiras mais baratas e aumenta a competitividade dos produtos do país no mercado externo.
O anúncio surge num momento em que o governo brasileiro critica a eleição do novo presidente argentino, Alberto Fernández, que tem Cristina Kirchner como vice. A situação exigirá articulação política e comercial entre os vizinhos.
No dia 4 de novembro, o governo dos Estados Unidos anunciou que por questões sanitárias o veto à carne bovina in natura do Brasil continuaria. Durante encontro de Trump e Bolsonaro em março houve uma promessa de reabertura.
No início de outubro, foi divulgado que os EUA não apoiariam de imediato a entrada do Brasil na OCDE, apesar de Trump ter prometido apoiar a entrada brasileira na entidade.