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Moro: pode haver corrupção no governo, mas Bolsonaro é 'íntegro' e passado era pior

O ministro da Justiça, Sergio Moro, afirmou nesta terça-feira (3) que podem surgir casos de corrupção no governo, mas no passado havia "esquemas incrustados na administração" e Jair Bolsonaro é uma "pessoa muito íntegra".
Sputnik

Moro participou de um debate sobre combate à corrupção, em Brasília, promovido pela Controladoria-Geral da União (CGU). "O presidente Bolsonaro é uma pessoa muito íntegra, todo mundo que conhece atesta isso", disse ele no evento, segundo publicado pelo jornal O Globo. 

Em seguida, admitiu que não é improvável surgirem casos de corrupção no governo, mas comparou a situação atual com o passado, quando, segundo ele, havia "esquemas sistemáticos de suborno".

'Algo mudou nesse governo'

"Vamos fazer um paralelo com o que a gente tinha no passado, esquemas sistemáticos de suborno e de corrupção incrustados na administração pública. Não dá para ter um código de ética da administração pública e ao mesmo tempo ter esse comportamento. Então algo mudou nesse governo federal, acho que as lideranças estão dando esse exemplo", sustentou. 

O ministro disse ainda que implementou uma campanha interna e medidas para estimular a integridade dos servidores, como a digitalização dos serviços do governo. Além disso, cobrou bons exemplos dos líderes do governo. 

"Não adianta nada eu cobrar do meu servidor, cobrar dos órgãos do ministério e ao mesmo tempo a liderança dá um mau exemplo", afirmou. 

Também participaram do fórum o ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, que criticou as regras sobre acordos de leniência. Segundo o juiz, existe dificuldade em declarar que uma empresa está cumprindo com o prometido e poder retornar ao mercado.

Bolsonaro abriu o evento. Durante o fórum, ele assinou decreto protegendo a identidade de pessoas que denunciam casos de corrupção e irregularidades no governo. 

Moro é acusado de defender incondicionalmente o presidente e de ter sido um juiz parcial, o que seria comprovado pelo vazamento das conversas entre ele e procurados da Lava Jato. 

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