A decisão deve impactar a Aliança pelo Brasil, novo partido do presidente Jair Bolsonaro, que quer acelerar o processo de obtenção de registro do partido por meio de certificados digitais.
No entanto, apesar da medida, ainda não há prazo para que a Justiça Eleitoral possa criar aplicativos e programas de computador para efetivar a decisão, que ainda precisará ser regulamentada para passar a ter validade, informou Agência Brasil.
A presidente do TSE, Rosa Weber, declarou que essas soluções não estarão prontas para as eleições municipais de 2020.
O motivo da decisão foi uma consulta apresentada no ano passado pelo deputado federal Jerônimo Goergen (PP-RS). O parlamentar pediu que o tribunal responda a seguinte pergunta: "Seria aceita a assinatura eletrônica legalmente válida dos eleitores que apoiem dessa forma a criação de partidos políticos nas listas e/ou fichas expedidas pela Justiça Eleitoral?"
Para a criação de partidos políticos, um dos requisitos exigidos é a apresentação de fichas de apoio de eleitores. A sua autenticidade é verificada por análise das assinaturas em papel feita pela Justiça Eleitoral.
O setor técnico do TSE confirmou a viabilidade técnica para desenvolver os aplicativos necessários para implementar a nova medida. O uso da assinatura digital também pode trazer mais segurança na conferência, que hoje é feita manualmente pela Justiça Eleitoral.
Rosa Weber, no entanto, disse que o tribunal ainda não tem recursos para verificar a autenticidade das assinaturas que serão entregues pelos partidos.