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Delator diz que Glenn Greenwald não pagou pelas mensagens hackeadas

Em um dos depoimentos da delação premiada de Luiz Henrique Molição, que integrava o grupo que conseguiu hackear o celular de Sergio Moro, Jair Bolsonaro, Deltan Dallagnol e outras autoridades, disse que o jornalista Glenn Greenwald, do site The Intercept Brasil, não pagou pelas mensagens.
Sputnik

Conforme informações publicadas pelo blog do jornalista Lauro Jardim, do jornal O Globo, Molição garantiu que Greenwald não pagou e não encomendou o material.

O hacker contou que tentaram vender as informações para Manuela D'Ávila (PCdoB), ex-candidata à Vice-Presidência da República na chapa de Fernando Haddad (PT), mas que ela recusou-se a pagar e disse que poderia indicar um jornalista que se interessaria em publicar as mensagens hackeadas.

Walter Delgatti, um dos hackers que ainda está preso, já tinha dito em depoimento à PF que o The Intercept não pagou qualquer quantia pelo material.

Glenn aciona STF contra Bolsonaro

Glenn Greenwald enviou ao STF (Supremo Tribunal Federal) um pedido para que o presidente Jair Bolsonaro confirme se realmente o chamou de “malandro” por ter adotado crianças no Brasil. O pedido tem finalidade preparatória para ação penal.

Glenn também requere que Bolsonaro informe “a que fato, investigação ou processo” estava se referindo quando disse que Glenn talvez “pegue uma cana” no Brasil.

“É necessário que o requerido esclareça se efetivamente foi o autor de tais afirmações, tendo a presente ação finalidade preparatória para o ajuizamento de ação penal”, diz o documento.

As informações foram publicadas pela jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S.Paulo.

Em julho de 2019, durante uma visita ao Rio de Janeiro, Bolsonaro disse que Glenn teria sido “malandro” por ter se casado com o deputado federal David Miranda (PSOL-RJ).

“Ele [Glenn] não se encaixa na portaria. Até porque ele é casado com outro homem e tem meninos adotados no Brasil. Malandro, malandro, para evitar um problema desse, casa com outro malandro e adota criança no Brasil. Esse é o problema que nós temos. Ele não vai embora, pode ficar tranquilo. Talvez pegue uma cana aqui no Brasil, não vai pegar lá fora não”, disse Bolsonaro à época.

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