Na Fundação Ronald Reagan, na Califórnia, Esper expressou preocupação com o fato de a Rússia estar desenvolvendo novos tipos de armas estratégicas.
"Fizemos uma pausa nesta tecnologia há alguns anos, quando tínhamos um avanço claro, e o que estamos fazendo agora é recuperar o atraso. Então, o Departamento [de Defesa] está investindo cada dólar que podemos, usá-lo fisicamente para garantir que ganhamos vantagem nas [armas] hipersônicas", disse Esper.
"Estou preocupado por eles [a Rússia] estarem desenvolvendo várias armas, armas estratégicas, que estão fora do atual Tratado START III […] E agora têm um potencial militar que nós não temos, em termos de mísseis de médio e curto alcance. Por isso, estamos acompanhando de muito perto o que os russos estão fazendo", complementou o chefe do Pentágono.
Limitação de armas estratégicas
Os EUA retiraram-se do Tratado de Forças Nucleares de Alcance Intermediário (INF), afirmando que Moscou não estaria a cumpri-lo na totalidade. A Rússia rejeitou as alegações dos EUA.
O acordo sobre medidas para a redução e limitação de armas estratégicas START III expira no início de 2021 e Washington ainda não decidiu se pretende prorrogá-lo.
Anteriormente, os Estados Unidos tinham declarado que os acordos com a Rússia deveriam incluir não só as armas abrangidas pelo START III, mas também outras armas e veículos de lançamento ainda em desenvolvimento na Rússia, incluindo dispositivos nucleares de baixa potência em novos veículos de lançamento.
O Pentágono acredita que a Rússia tem cerca de 2.000 armas nucleares não estratégicas.