"Nosso comércio com a Argentina continua o mesmo, sem problemas, não vai mudar", disse Bolsonaro a jornalistas fora de sua residência oficial em Brasília, quando perguntado sobre a posse de Fernández.
Entretanto, Bolsonaro não deverá estar presente na posse de Fernández nesta terça-feira, um peronista que derrotou o presidente de centro-direita Mauricio Macri nas recentes eleições presidenciais da Argentina.
De acordo com uma fonte, Bolsonaro enviaria o ministro da Cidadania e Ação Social, Osmar Terra, mas acabou recuando, apesar da importância do comércio entre os dois países, que alcançou US$ 27 bilhões no ano passado.
A assessoria da Presidência da República informou que "até o momento, apenas o embaixador do Brasil em Buenos Aires, Sergio Danese, vai representar o governo".
Os dois líderes trocaram farpas recentemente. Além de deixar explícita a sua preferência por Macri antes do pleito, Bolsonaro chamou Fernández e seus apoiadores de "bandidos de esquerda", levando o novo presidente argentino a acusar o brasileiro de ser "misógino" e "racista".
Os acenos feitos por Fernández ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um dos adversários políticos do bolsonarismo no Brasil, também geraram tensões entre ele – que terá a ex-presidente argentina Cristina Kirchner como vice – e o ex-deputado federal brasileiro.