"É um gesto do presidente [Jair Bolsonaro] para que as relações voltem ao normal. Vou tentar embarcar ainda hoje", declarou Mourão ao blog de Valdo Cruz, do G1.
O vice-presidente informou que o pedido foi feito na tarde desta segunda-feira (9), quando foi chamado ao gabinete de Bolsonaro.
O presidente tinha dito mais cedo que analisaria a lista de convidados para decidir quem enviaria à posse. O Planalto anunciou que o escolhido para representar o Brasil tinha sido o embaixador em Buenos Aires, Sergio Daneses.
Após a vitória de Fernández nas eleições argentinas, Bolsonaro fez uma série de críticas ao presidente eleito do país vizinho. Ele chegou a dizer que o povo argentino tinha "escolhido mal".
Bolsonaro vetou ida de ministro à posse
Fernández, por sua vez, expressou apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em diversas ocasiões. Também chamou Bolsonaro de "racista, misógino e violento".
O presidente brasileiro afirmou que não participaria da posse e o governo seria representando pelo ministro da Cidadania, Osmar Terra. Depois, desistiu da ideia e vetou a ida do dirigente para a cerimônia.
Por outro lado, Bolsonaro disse nesta segunda-feira que o comércio do Brasil com a Argentina não mudaria após a posse do novo mandatário, que tem Cristina Kirchner como vice-presidente.