"Tudo não é apenas interrompido, mas vai se degradando a cada ano", afirmou Shoigu à emissora Rossiya 1 quando perguntado sobre o estado atual das relações Rússia-OTAN.
Havia "cooperação bastante ativa" entre a Rússia e o bloco apenas cinco anos atrás, mas "agora nossos parceiros, junto com os EUA, é claro, estão se retirando da maioria dos acordos. O espaço de segurança está ficando cada vez mais estreito", ressaltou.
A OTAN está relutante em trabalhar com a Rússia, mesmo em uma questão tão premente como combater o terrorismo na Síria, disse o ministro.
"Continuamos dizendo que faremos tudo mais rápido e mais eficaz juntos. Mas tudo em que concordamos é evitar algum tipo de incidente entre nossa aviação e a aviação da coalizão", destacou.
O novo embaixador da Rússia no Reino Unido, Andrei Kelin, abordou recentemente os laços do país com a OTAN, dizendo que o bloco militar liderado pelos EUA tem "muita inércia em seu trabalho [...] Ele segue as linhas que foram designadas anos atrás".
A Guerra Fria terminou décadas atrás, mas de alguma forma a OTAN "continua trabalhando contra nós em um clima de confronto", prosseguiu ele, em entrevista à RT.
"O confronto é perigoso e mais e mais dinheiro está sendo alocado para a chamada defesa, mas, de fato, tudo isso é para o acúmulo de armamentos ao longo de nossas fronteiras - isso não traz calma e isso é ruim para a segurança europeia", completou Kelin.