Bancos centrais aceleram redução do dólar e preço do ouro dispara, diz Goldman Sachs

O banco norte-americano Goldman Sachs projetou uma alta no preço do ouro para o ano que vem, reflexo da alta demanda por parte dos bancos centrais, empenhados em diminuir o uso do dólar.
Sputnik

O preço do ouro deve disparar para US$ 1.600 (cerca de R$ 6.632) a onça no ano que vem, segundo estimativa publicada pelo banco norte-americano Goldman Sachs. A alta é reflexo do aumento da demanda dos bancos centrais pelo metal precioso.

"A desdolarização nos bancos centrais e sua demanda por ouro é a maior desde a era Nixon, consumindo 20% do estoque mundial", disse o diretor de pesquisas de commodities do banco, Jeff Currie.

Durante a administração Nixon, os EUA abandonaram o lastro em ouro do dólar, no maior golpe às finanças internacionais desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

"Vou preferir o ouro aos ativos, porque os ativos não refletem a essa [tendência de] desdolarização", concluiu Currie, conforme reportou a Bloomberg.

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Notando que o aumento da demanda por ouro é gerado pela insegurança dos mercados, o analista sugere que investidores diversifiquem suas cestas de investimentos de longo prazo para incluir o ouro.

"Quanto mais longo o prazo, maior a probabilidade dos EUA entrarem em recessão", notou o analista do banco Mikhail Sprogis ao portal especializado Kitco News.

Sprogis disse que a demanda dos bancos centrais por ouro é liderada, sobretudo, por China, Rússia e Turquia, além de outros países como a Polônia que, segundo ele, comprou 100 toneladas do metal somente neste ano.

De acordo com estatísticas, fundos de hedge e outros grandes especuladores aumentaram suas apostas de alta no metal precioso em 8,9% na semana encerrada em 3 de dezembro. Esse é o maior ganho registrado desde o final de setembro.

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