"O estudo do fóssil nos revelou uma combinação de caracteres muito incomum que mescla peculiaridades próprias de diferentes famílias do grupo dos tetanurae. Esta análise nos leva a repensar o que sabíamos até agora sobre a evolução inicial dos carnívoros no Jurássico", afirmou Diego Pol, pesquisador do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET) da Argentina.
Os fósseis encontrados na província de Chubut incluem o crânio e a mandíbula completa, além de dois membros posteriores e parte dos membros inferiores em um conjunto de depósitos vulcânicos, bioquímicos, piroclásticos e epiclásticos do período Jurássico, de aproximadamente 200 milhões de anos.
Diego Pol, paleontólogo "Este dinossauro é uma figurinha difícil porque era carnívoro, tem 170 milhões de anos, é do período jurássico e é o único crânio completo encontrado desta espécie na américa".
O estudo também mostrou um mosaico incomum de características dos tiranossauros, com alta quantidade de convergências de diversas linhagens na evolução inicial do grupo, um padrão comum em radiações rápidas evolutivas.
Os tiranossauros se dividiram em três grandes linhagens: megalossauro, coelurossauro e alossauro.
Próximo de Cerro Cóndor encontraram os fósseis de um dinossauro carnívoro.
A análise filogenética da nova espécie permite aos paleontólogos reafirmar a existência do grupo dos carnívoros, abrangendo tanto a espécie alossauro quanto megalossauro. Isso significa que todas as espécies destes dois grupos possuem um ancestral em comum.
Os fósseis foram extraídos em um pedaço de gesso de aproximadamente cinco toneladas. Devido às condições de preservação, o fóssil levou cinco anos para ser preparado nos laboratórios do MEF na cidade de Trelew.