Quando a sonda espacial se aproximou de Júpiter pela primeira vez em julho de 2016, suas câmeras infravermelhas e de luz visível descobriram enormes tempestades em torno dos polos do gigante gasoso, nove no polo norte e seis no sul.
Com cada passagem da sonda por Júpiter, os dados obtidos reforçavam a ideia de que cinco tempestades de vento se enrolavam em um padrão pentagonal à volta de uma tormenta central no polo sul e que o sistema parecia estar estável. Nenhuma das seis tempestades mostrava sinais de abrandamento do ritmo para permitir que outros ciclones se unissem.
"Quase parecia que os ciclones polares faziam parte de um clube privado que parecia resistir a receber novos membros", disse Scott Bolton, pesquisador principal da missão Juno no Southwest Research Institute, escreve portal cnet.com
No entanto, durante o 22º sobrevoo da sonda espacial, um novo ciclone um pouco mais pequeno ganhou vida e se uniu "na briga".
Um novo ciclone menor pode ser observado em baixo à direita nesta imagem infravermelha do polo sul de Júpiter tirada no dia 4 de novembro de 2019, durante a 23ª passagem de pesquisa da sonda espacial Juno da NASA.
"Os dados do instrumento JIRAM, Mapeador Auroral Infravermelho Joviano, indicam que passamos de um pentágono de ciclones que giram em torno de um no centro para uma figura hexagonal", disse Alessandro Mura, copesquisador de Juno no Instituto Nacional de Astrofísica de Roma.
"Esta nova incorporação é menor em tamanho do que as outras tempestades, é aproximadamente do tamanho do Texas. Talvez dados do JIRAM de futuros sobrevoos mostrem que o ciclone adquiriu o mesmo tamanho que seus vizinhos."
Ao sondar a camada meteorológica até 50 a 70 quilômetros debaixo das nuvens de Júpiter, JIRAM captura a luz infravermelha que emerge das profundidades de Júpiter. Os dados indicam que a velocidade do vento no ciclone recém-formado é em média de 362 km/h.