Segundo os estudos da entidade, o óleo teria se deslocado da região sul do mar da África ainda em abril.
Essa versão contradiz as investigações da Marinha e da Polícia Federal, que apontaram o navio petroleiro Bouboulina, da empresa grega Delta Tankers, como possível responsável pela catástrofe ambiental.
A nova hipótese foi detalhada para a revista Época por Ronald Buss de Souza, pesquisador do Inpe que atua no Grupo de Acompanhamento e Avaliação (GAA) da crise do óleo.
Oceanógrafo, Souza é chefe de gabinete e diretor substituto do Inpe. O especialista não especificou, no entanto, se o petróleo seria consequência de um acidente com embarcações ou de um vazamento.
"A gente tem uma hipótese principal de que esse derrame aconteceu a partir de abril deste ano, e as manchas só chegaram ao país, em subsuperfície, de maneira difícil de ser detectada através de imagem de satélite, em setembro", comentou Ronald Buss de Souza para a revista do grupo Globo.
Pelo menos 942 localidades de 129 municípios nas Regiões Nordeste e Sudeste foram afetadas pelo óleo. Segundo a Marinha, o Ibama e demais órgãos, 5 mil toneladas de óleo já foram coletadas.