Em cada um desses complexos, localizados entre os sítios arqueológicos conhecidos como Monjas e Serie Inicial, há dezenas de estruturas que estão sendo mapeadas por especialistas, comunicou o Instituto Nacional de Antropologia e História (INAH).
"Quatro conjuntos parecem ser habitacionais, enquanto um, dado que tem uma pequena pirâmide de cerca de cinco metros de altura, um quarto duplo no topo e uma escadaria associada, indica que poderia ter tido um uso ritual", disse o arqueólogo Francisco Pérez.
Para os cientistas é muito importante estudar estes complexos habitacionais para saber mais sobre as pessoas que se estabeleceram nesta cidade maia pré-hispânica, das quais muito pouco se sabe.
Descobertas inéditas
De acordo com o relatório, uma mesa de pedra (de 1,66 metro de comprimento por 1,27 metro de largura) foi encontrada, com guerreiros e cativos esculpidos nas bordas, cuja idade está entre 900 e 1000 d.C. e que possivelmente pertencia a uma construção anterior que ainda não foi localizada.
No local também foi descoberto um disco de pirita de 30 centímetros de diâmetro, considerado uma peça única de uma oferta que data entre 850 e 1200 d.C.
"Estes discos eram objetos importantes para a elite maia. Em Chichén Itzá foram encontrados três que estão guardados no Museu Nacional de Antropologia e este é o quarto", disse o diretor da zona arqueológica, Marco Antonio Santos.
Na década de 1930 foi realizado o primeiro levantamento arqueológico de Chichén Itzá, mas a atenção estava voltada para os conjuntos maiores e nenhum detalhe havia sido recolhido dos conjuntos intermediários menores.