O míssil balístico intercontinental russo Sarmat terá uma ampla variedade de ogivas de combate, incluindo hipersônicas de última geração, de acordo com o comandante da Força Estratégica de Mísseis da Rússia, general Sergei Karakaev, detalha o jornal Krasnaya Zvezda.
Atualmente estão sendo realizados trabalhos de preparação do regimento principal de mísseis para o rearmamento com esses sistemas de mísseis, disse o general.
"A Força Estratégica de Mísseis está totalmente preparada para que o novo sistema de mísseis seja posto em serviço de combate", salientou Karakaev, acrescentando que a indústria continua com os preparativos para realização de novos testes do Sarmat.
Ogivas hipersônicas mais manobráveis
O míssil RS-28 Sarmat tem um alcance de até 18.000 quilômetros, com massa de decolagem de 208,1 toneladas, é capaz de conter 178 toneladas de combustível, mede 35,5 metros de comprimento e 3 metros de diâmetro e tem velocidade de voo de 7 km/s, ou seja, 25.200 km/h.
A ogiva do míssil, denominado Satã-2 de acordo com a classificação da OTAN, é de reentrada múltipla com guiamento individual. O novo míssil foi projetado para substituir o antigo míssil estratégico mais pesado do mundo R-36M Voevoda como a componente básica do potencial nuclear da Rússia.
O conceito principal do Sarmat consiste em ogivas hipersônicas manobráveis que dificultam bastante sua intercepção pelos modernos modelos de sistemas de defesa antimíssil.
Segundo o general Karakaev, a Força Estratégica de Mísseis estará completamente equipada com a tecnologia moderna até 2024.
"Em 2024, está previsto aumentar a participação dos sistemas de mísseis modernos para 100%, ou seja, a Força Estratégica de Mísseis passará o limite além do qual no Exército não haverá sistemas antigos fabricados pela União Soviética", assegurou o militar.
Na semana passada, o Pentágono realizou o teste de um míssil balístico de alcance intermédio proibido pelo tratado INF. Mais tarde, o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, declarou que o teste foi realizado com sucesso.