A aeronave campeã de vendas da Boeing está fora de operação desde maio deste ano, após dois acidentes fatais na Etiópia e na Indonésia deixarem 346 pessoas mortas. A montadora já arcou com pelo menos US$ 8 bilhões (RS$ 32 bilhões) em compensações.
Caso a Boeing interrompa a produção da aeronave 737 MAX, os fornecedores da empresa, que até agora foram poupados da crise, devem arcar com os custos. A Boeing seguiu adquirindo até 52 peças da aeronave por mês, mesmo após reduzir a sua produção para 42 unidades mensais.
Dois fornecedores disseram à Reuters, nesta segunda-feira (16), que havia grande possibilidade de a Boeing suspender a produção do MAX 737.
As ações da Boeing despencaram 4% nesta segunda-feira. A sua maior fornecedora, Spirit AeroSystems Holdings Inc sofreu queda de 3.4%.
O conselho da maior montadora de aeronaves dos EUA realiza reunião de dois dias em Chicago, para debater as mudanças na produção do MAX 737. A reunião foi convocada após a agência reguladora norte-americana anunciar que não aprovaria o retorno às operações do MAX 737 antes de 2020.